terça-feira, 8 de outubro de 2013

amora preta:remedio contra o diabetes

Amora-preta: uma fruta antioxidante (03/01/2008)
Ações do documento
  • Márcia Vizzotto
A amoreira-preta (Rubus sp.), apesar de ser nativa da Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul, cresce apenas em regiões determinadas de acordo com o clima ideal para o seu desenvolvimento. A amoreira-preta é uma espécie arbustiva de porte ereto ou rasteiro, geralmente dotada de espinhos e a coloração das flores varia do branco ao rosa.
Produz um fruto agregado, a amora-preta, composto por frutículas e sua coloração pode variar do branco ao negro, e a sua casca é brilhante, lisa e frágil, quando madura. A amora-preta pode facilmente ser confundida com a framboesa, mas esta tem o centro oco, enquanto a primeira tem um coração esbranquiçado.  
A amora-preta in natura é altamente nutritiva. Da sua composição fazem parte a  água (85%), as proteínas, as fibras, os lipídeos e também os carboidratos. Também possui cálcio, fósforo, potássio, magnésio, ferro, selênio e várias vitaminas, no entanto, é uma fruta de baixo valor calórico, apenas 52 calorias em 100 gramas de fruta.
Vários tipos de açúcares e ácidos fazem parte da composição desta fruta, sendo que o balanço entre acidez e sólidos solúveis é que dá o seu delicioso sabor característico. 
Ainda na amora-preta, são encontradas outras substâncias como os fitoquímicos, ou compostos secundários. Estas substâncias são produzidas naturalmente pelas plantas para se protegerem do ataque de pragas e doenças, e também ajudam a planta a resistir a condições adversas do ambiente.
Muitos destes fitoquímicos atuam na prevenção e no combate de doenças crônicas como o câncer e as doenças cardiovasculares. Exemplos de fitoquímicos encontrados em amora-preta são as antocianinas, que dão a coloração vermelha e roxa das frutas, os carotenóides que são responsáveis pela coloração alaranjada, e ainda, existem vários outros fitoquímicos que não apresentam cor como os ácidos fenólicos, por exemplo, mas são de grande importância para a saúde.
A concentração destes fitoquímicos em amora-preta pode variar de acordo com a cultivar, o ambiente, o ponto de maturação, o armazenamento e o processamento. 
Os estudos realizados ao redor do mundo demostram que o consumo de frutas e hortaliças está relacionado à prevenção das doenças crônicas, provavelmente, devido ao aumento no consumo de compostos antioxidantes.
A amora-preta apresenta uma alta atividade antioxidante, se comparada ao mirtilo, que é uma fruta muito estudada e  utilizada como padrão de comparação. O nosso corpo é exposto diariamente a diversos fatores que podem levar a mutações celulares, através de fatores internos, como radicais livres que se formam durante a nossa respiração, ou externos, como poluição, raios solares, tabaco, álcool, etc.
Os compostos antioxidantes encontrados em algumas frutas e hortaliças conseguem ajudar as células do organismo a se protegerem das mutações, que é o primeiro passo para a formação de um algum tipo de câncer.
Existem estudos que mostram o poder do extrato de amora-preta na prevenção e combate do câncer de útero, cólon, boca, mama, próstata e pulmão. O extrato de amora-preta previne ainda a formação da metástase, ou seja, evita que o câncer se espalhe e se instale em outros órgãos.
Também foi observado um efeito antiinflamatório do extrato de amora-preta, o que não deixa de ser interessante, já que se acredita que o câncer está relacionado a um processo de inflamação crônica. 
Mas quantas amoras-pretas devemos consumir ao dia? Quanto nosso corpo consegue absorver e utilizar? Estas são questões ainda difíceis de responder. O que se sabe é que, após consumir a amora-preta, os fitoquímicos são absorvidos, metabolizados e distribuídos em diferentes tecidos/órgãos do corpo, sendo que já foram encontrados nos tecidos do estômago, jejuno, fígado, rins, plasma e até no cérebro.
E como ficam os fitoquímicos quando as amoras-pretas são processadas? O processamento das frutas da amoreira-preta é uma forma de agregar valor ao produto, melhorando a renda dos fruticultores, sendo a sua transformação em geléias, sucos, iogurtes, sorvetes as formas mais comuns de consumir esta fruta.
Após o processamento, há dúvidas quanto à manutenção dos fitoquímicos encontrados na fruta in natura. Sabe-se que ocorre uma perda de antocianinas no processo de fabricação da geléia de amora-preta em relação aos valores encontrados na polpa, e esta perda continua durante o armazenamento dos vidros de geléias através do tempo, mas, mesmo assim, a geléia da amora-preta ainda é considerada uma boa fonte de fitoquímicos antioxidantes.
A Embrapa Clima Temperado tem grande interesse no desenvolvimento da cultura da amoreira-preta na Região Sul e no Brasil. Neste contexto, é mantido na Unidade um programa de melhoramento de pequenas frutas, onde a amora-preta está inserida.
Além da seleção de novas cultivares, desenvolvem-se ações relacionadas à produção de mudas, manejo da planta, armazenamento, processamento e caracterização funcional da fruta. O que se espera é caracterizar as cultivares que estão sendo comercializadas e também auxiliar no processo de seleção de novas cultivares, visando frutas de alta qualidade e alto valor nutricional e funcional.
A amora-preta já é considerada uma fruta funcional, ou seja, além das características nutricionais básicas, quando consumida como parte usual da dieta, produz efeito fisiológico/metabólico ou efeito benéfico a saúde humana, devendo ser segura para consumo sem supervisão médica. O consumo de frutas e hortaliças, como a amora-preta, em conjunto com um estilo de vida saudável, incluindo dieta equilibrada e exercícios físicos, pode prevenir alguns tipos de doenças.

  • Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado






      Por Marina Martinez
      As Amoras são frutos agregados, ou seja, são formados pela agregação de vários frutos menores denominados mini-drupa ou drupete. A maioria das espécies conhecidas pertence ao gênero Rubus (frutos mais arredondados) e Morus(frutos um pouco mais alongados) sendo encontrados principalmente em regiões temperadas do hemisfério Norte eAmérica do Sul. Existem vários tipos de amoras que diferem na coloração. Podem ser vermelhas, brancas e negras, e seu tamanho é pequeno, medindo entre 1 a 3 centímetros, dependendo da espécie. São uma boa fonte de ferro evitamina C e na maioria das vezes consumidas in natura, em conserva, compotas, geléias, tortas, vinhos, entre outros.
      Uma das espécies mais comum é a amora preta, que é arredondada, inicialmente vermelha e depois preta, quando bem madura. É uma fruta muito nutritiva e tem apenas 52 calorias em 100 gramas. Cerca de 80% de sua composição é de água e contém boas quantidades de fibras (entre 3,5 e 4,7%). A amoreira preta é um arbusto que pode atingir 2 metros de altura e seu caule é flexível, geralmente coberto por espinhos. As flores são rosadas ou brancas. As raízes são permanentes e delas formam as brotações que se desenvolvem, florescem e frutificam nos ramos.Por ser uma fruta rica em cálcio, a amora é uito eficaz no combate a osteoporose. As folhas da amoreira são usadas para fazer chá, muito útil no tratamento de diarréias, inflamações da boca e garganta. Também com o uso do chá de amora, pode-se reduzir os níveis de açúcar no sangue, o que é muito bom para diabéticos.

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